Após mais de doze anos em antena, o “Prós e Contras” continua a afirmar-se como um dos principais programas de debate alargado da televisão portuguesa. O formato, conduzido pela jornalista Fátima Campos Ferreira, regressa às noites de segunda-feira na RTP1, emitido em horário nobre, por volta das 23h.
Uma Janela Aberta sobre a Sociedade
O programa trata semanalmente de um assunto diferente, focado em temas controversos e da mais estrita atualidade. Funciona como uma janela aberta sobre a sociedade portuguesa, pautando-se pelo respeito pela pluralidade de opiniões e pela representação democrática. O “Prós e Contras” assume-se, assim, como um “ponto de encontro da cidadania”, procurando ser tão abrangente quanto o meio televisivo o permite.
O Debate Económico e Financeiro
Ao longo das suas emissões, o programa tem abordado os temas que marcam a agenda económica do país. Exemplos notórios incluem a análise ao “terramoto no Grupo Espírito Santo” e as suas ondas de choque, como a venda do BES e o impacto na PT. Da mesma forma, o debate sobre os “Vistos Gold” procurou esclarecer o que são, para que servem e que consequências trazem à vida do país, reunindo governo, oposição e agentes do setor. A “Fiscalidade Verde” foi outro tema central, opondo a defesa do ambiente promovida pelo governo às queixas de empresas e consumidores sobre o aumento da pressão fiscal.
O Foco nos Desafios Sociais e Regionais
Os flagelos sociais ocupam um lugar de destaque no alinhamento do “Prós e Contras”. O tema da “violência doméstica”, um problema que atravessa todas as classes sociais, foi abordado focando os sinais de alerta e a prevenção de maus-tratos. O “empobrecimento” e a solidão foram também analisados, procurando mostrar a vida por detrás das aparências. A par das questões sociais, o programa olha para os desafios setoriais, como a “vida difícil nas escolas”, e para as estratégias de desenvolvimento regional, desde a autonomia dos Açores (“9 Ilhas num Oceano!”) ao dinamismo de Braga (“De Braga para o Mundo!”).
As Grandes Questões Éticas
O debate estende-se às questões filosóficas e éticas mais complexas da sociedade contemporânea. O programa “Morrer com data marcada” relançou a discussão sobre a liberdade de decidir o fim da vida e a opção pela morte assistida, sublinhando a importância dos cuidados paliativos. Noutra emissão, questionou-se se “Deus tem futuro” num tempo em que a ciência encontra cada vez mais respostas e em que a religião é, por vezes, associada a conflitos e violações de direitos humanos.
